quinta-feira, 13 de outubro de 2011

ctrl c e ctrl v.

Você conhece alguém, troca mensagens com esta pessoa, falam-se ao telefone e até saem algumas vezes juntos. Tudo te leva a crer que este encontro promete um prolongamento, uma concretização, um final feliz.

Empolgação, investimento, foco, alegria... E você realmente começa a acreditar que, desta vez, vai ser diferente! Porém, de repente, não mais que de repente, o ser humano desaparece! Assim mesmo, do nada, sem deixar recado ou ao menos dizer um “fui”. Você fica se perguntando o que houve, se fez algo errado, se forçou a barra, viajou na maionese ou algo neste sentido... Mas, não! Não encontra nenhum motivo que justifique atitude tão paradoxal – o tal sumiço. Chega a se questionar sobre a possibilidade de o sujeito ter sido abduzido, ter perdido a voz ou sofrido algum tipo de amnésia, mas logo se dá conta de que tudo isso é muito, muito pouco provável. E sua mente não para de raciocinar! Você diz a si mesmo: Bem, qualquer pessoa com o mínimo de noção de educação deveria saber que se toda frase merece um ponto final ou ao menos reticências, o que dirá um relacionamento, por mais recém-nascido que seja. E você tem razão: O fato é que são raras as vezes em que a “saída à francesa” é a melhor 
escolha! Portanto, é bem possível que este não seja o caso e que sua angústia diante do sumiço do outro faça sentido!


No entanto, por mais que seja compreensível esse sentimento, nada justifica o prolongamento indefinido dele. Ou seja, se você estava se relacionando com alguém que, do nada, desapareceu, sugiro que tente, sim, fazer contato, verificar se está tudo bem. Mas se não obteve retorno, o melhor que tem a fazer é esquecer esta história! A simples decisão da pessoa de sumir deve servir para te mostrar que, em última instância, não faria sentido continuar investindo na relação. O que tinha de ser, já foi! E o que não foi, não era pra ser. Simples assim. E qualquer conclusão diferente desta só vai fazer você se afogar num sem-fim de perguntas para as quais não encontrará as respostas. Portanto, seja inteligente e, sobretudo, razoável consigo mesmo. Não se maltrate e nem permita que a falta de consideração de alguém preencha seus dias com lamentos e sensação de rejeição. Cada um tem suas razões e, por mais amargo que seja admitir, talvez esta pessoa simplesmente não saiba te contar quais são as dela... No final das contas, pode apostar que se ficou algo importante a ser dito, algum dia ela vai dar um jeito de fazê-lo. Senão, lembre-se: Para quem tem a autoestima em dia, um silêncio como este deve se transformar no mais perfeito “já foi tarde”!

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

RÉQUIEM FOR A DREAM.


Assisti esse filme a alguns meses e por relapso momento ele surgiu na minha mente, o telespectador que assistiu o filme desavisado, pensando em entretenimento, em diversão, deve ter saído perturbado, enojado, sem saber se com o filme ou consigo mesmo, travado, como se estivesse a beira de um ataque nervos. 
Outros devem ter saído totalmente revoltados contra o diretor por haverem sido submetidos a uma brincadeira macabra, uma brincadeira, no mínimo, de muito mau gosto, com coisas que todos consideramos sagradas. A sensação que tiveram, talvez, foi a mesma que eu tive: “não achei graça nenhuma” ou “com essas coisas não se brinca”. O cerne no entanto é exatamente esse: o diretor não estava brincando. Não estava fazendo entretenimento. Ele estava falando sério, e muito. E esse é o golpe preciso que atravessa a medula espinhal do telespectador. Ele sabe que não é ficção; é a realidade. A realidade que está continuamente diante dos olhos de Deus.
A ambigüidade de assistir esse filme se manifesta sobretudo na reação que causa nas pessoas – um filme fantástico, uma obra prima, mas que todos sentem repulsa, que ninguém ousa em assistir uma segunda vez. Réquiem para um sonho é um filme perturbador.

O filme apresenta a dura realidade dos viciados em todos os níveis, mas não só isso. Ele concentra a atenção na fuga. Fuga da realidade. Todos os personagens tinham alguma questão não resolvida. Uma realidade com a qual tinham de conviver. Um passado que os assombrava. Marion, a linda e rica moça que procurava desesperadamente pelo amor que não recebera de seus pais; Tyron, com seu problema de infância, a mãe que ele não esquecia, que via em flashs no espelho, na cama, a quem amava e se encontrava nos sonhos, mas que jamais encontraria na vida real; e Harry e sua mãe que se adaptaram, cada um a sua maneira, a morte do pai/marido; ele refugiando-se nas drogas, e ela na televisão e na comida. Esta era a história dos personagens, e que o diretor muito sutilmente apresenta apenas com recortes, frases isoladas e rápidos flashs. A triste realidade de sofrimento, de inacabamento que todo ser humano enfrenta podia ser sentido naquelas quatro pessoas. Realidade que poderia leva-los por dois caminhos antagônicos: o enfrentamento ou a fuga. O destino deles foi a fuga. O diretor, porém, não demonstra ter a mínima misericórdia do telespectador – pelo contrário, parece querer mesmo jogar na cara dele – quando apresenta estes viciados como pessoas, como gente de carne osso, como qualquer um de nós, com sonhos, aspirações, desejos, com fome de viver, mas que gradativamente mergulham num profundo abismo, no inexorável, num inferno existencial cujos demônios não são seres incorpóreos, mas os próprios semelhantes, os próprios seres humanos que nos rodeiam todos os dias.

Mas o diretor também é implacável na sua leitura do ser humano. O ser humano não é apenas um ser frágil, que é facilmente atingido pela tragédia e pela dor, que o faz fugir para um lugar de alívio, ainda que ilusório. O ser humano é também o aproveitador, aquele que explora esta condição lamentável de miséria que o outro pode chegar. Os médicos (ou por extensão toda a indústria da medicina) completamente insensíveis, pedrados, que atendiam a velha Sara sem sequer olharem em sua face, que garantiam seus lucros às custas da desgraça existencial da pobre viúva; o apresentador de TV (e por extensão os programas televisivos), que se alimentava das ilusões das pessoas usando técnicas de manipulação psicológica, patrocinando e incentivando a fuga da realidade. E, por fim, os traficantes, os devoradores de alma, os comerciantes do sexo, os depravados, que exploravam a triste situação de desespero dos jovens viciados para terminarem por arrancar a última gota de dignidade que ainda lhes restava na alma, em troca de uma noite de diversão.

Sem dúvida há pessoas que vivem da desgraça, da ruína, da destruição dos sonhos alheios. Sem dúvida existe um inferno para estes demônios, para estes que patrocinaram o inferno na vida de muitos outros aqui na terra.

Enfim, Réquiem para um Sonho expõem com toda crueza possível aquilo que não é incomum, mas que é camuflado, que é dissimulado, é escondido, para que a humanidade se convença que funcionou. Para que a humanidade se convença que “deu certo”, que está indo bem. Réquiem expõe a humanidade despida, sem maquiagem, mostrando toda a sua podridão e seu desespero interno, e mostrando que se engana quem acha que tudo vai bem. Engana-se quem acha que a humanidade não precisa de Redenção.

sábado, 9 de julho de 2011



So forget it

Qualquer coisa que você faça a partir daí, será para superar ou a rejeição, ou a perda, ou os dois. Seja lá qual caminho você escolher tomar; o celibato, a putaria, outro amor, o trabalho, as amizades, os estudos, a família; tudo será sempre com o mesmo intuito: O de esquecer.
E é quando você tenta reconstruir tudo o que você era e tinha, que as coisas começam a desabar mais ainda. Se você se mostra fraco, abalado e deprimido, o ego grita forte, e então você acha que não deve demonstrar fraqueza para o outro lado não se vangloriar, mesmo sabendo que você não deve porra nenhuma a ninguém. Muito menos a alguém que não te quer mais.

sábado, 25 de junho de 2011

Oi "meu bem"!
como você está?

Comigo as coisas estão se ajeitando devagar, mas estão se ajeitando. Me trairia se não acreditasse no que vivo dizendo aos meus amigos: “nada melhor que um dia após o outro pra fechar algumas feridas, colocar as idéias no lugar e apontar novos rumos

Não vou enrolar muito to escrevendo pra dizer que desisti de você!
Isso mesmo, desisti de você. Na realidade desisti de todo sofrimento que você causou nas minhas ultimas tentativas. Tudo bem pode me chamar de covarde, assumo aqui que sou, pode também pedir pras minhas amigas tentarem me convencer do contrário, mas já vou avisando que pode ser uma luta em vão. Desisti de você!

Sei que não te experimentei muitas vezes e confesso aqui minha grande incompetência por isso mas foram suficientes pra chegar a essa decisão. Suas definições, estórias, narrativas, conversas e o que mais for, são bonitas por lá em seu local de origem ou pela boca de seus interlocutores e até acredito que pra muitos faça algum sentido, mas pra mim não.

Vou continuar a trilhar meu caminho calmo e sereno ao lado de outros sentimentos tão nobres quanto você. Seria a saudade um sentimento? Enfim! Lembrarei dos melhores momentos de nossos encontros, das boas sensações causadas por você, das musicas que dançamos juntos e que me trazem muitas lembranças. Estaria mentindo se dissesse que não gosto de sentir o coração pulsando, pensamentos desconexos todas as vezes que me deixei levar por ti, no entanto consigo viver sem isso, consigo viver sem você “meu bem”!

Sei que posso estar agindo por impulso e que te escrever a essa hora não é uma boa idéia, sei também que posso estar te culpando por algo que não pode ter sido causado por ti, todavia desisti de você e vou repetir isso com tanta freqüência até que possa acreditar que consiga.

Muitos vão me dizer que a culpa é da paixão que chega subitamente, cria muitas expectativas, me cega o racional, planta alguns sonhos bons e depois vai se embora deixando o rastro de desilusão, sei que estou sendo precipitada, mas não te quero mais.

Chega de noites em claro remoendo brigas, músicas depressivas no fone de ouvido, de esperar o retorno de mensagens e recados,  torpedos, chega de vazios, confusão de sentimentos, de não ter mais as rédeas da situação. Chega de sofrer!

To escrevendo por conta do respeito e carinho que tenho por ti algum dos motivos que escrevi acima, mas escrevi mesmo para que soubesse por mim e pode até ser que mude de opinião em algum dia, porém a minha conclusão nesse momento é única, irredutível e definitiva “você não foi feito pra mim”.

Espero que me entenda.
Grande beijo
E.M.

Está autorizado(a) à traduzir.

Even if I write all the words in Greek would not have any difference if I were a color would be transparent, not for you nor for the latest employee of the morning. 
They are for my illusion, my projection that may end up mad, and will end in less than a week.
I will not say goodbye, I know it does not matter.
fuck you all, and who want to go along. 

sexta-feira, 24 de junho de 2011

é uma espécie de som dos deuses.

quando eu digo, vale.



Fui surpreendida. É, a vida surpreende. 
Então me pergunto: Se a vida é tão aleatória assim, tão misteriosa, 
será que vale a pena mesmo nos mantermos fechados? 
A não darmos uma oportunidade ao novo? 
Mesmo que seja um novo, de novo?

O problema é que a gente quer conforto. 

Pra não sentirmos dor, fazemos escolhas que nos trarão mais dor.
A gente acha que a solidão escolheu a gente, mas fomos nós que nos insinuamos pra ela.
Geralmente é o medo de se machucar que faz com que a pessoa abrace a vida do hedonismo

Seja se machucar a primeira vez, ou seguidas vezes. É quando ela diz: "Cansei de me entregar e não ter retorno", ou "Não quero me envolver, vou me machucar".

Francamente, que coisa de gente preguiçosa e covarde! O corpo paga o preço de um coração enclausurado.

Sério, amor não se investe, se doa. Dinheiro se investe. Amor apenas ama. Mesmo que seja amar alguém mais frio que o ártico ou mais quente que o inferno. Amar é amar.
E pra quem não ama, resta o desdém.

Mas tenho que confessar. 

Ser solteira é bom. Ter seus momentos livres, não precisar se apegar a ninguém, não precisar dar satisfações... é uma delícia. 
Realmente, o casual a curto prazo é muito bom. Mas me pergunto: E a longo? Será que vale a pena? Será que se entregar a tantas pessoas e não ser de nenhuma delas acaba nos tornando propriedade pública? A ponto de não sermos mais de nós, mas do prazer que manda na gente?

Sei lá, o tempo dirá. E que não seja tarde demais quando ele responder.

Mas uma coisa é certa: Caminhar na primeira pessoa do plural cansa menos. Reflita.

Mas não posso esquecer de uma coisa: Daqueles que detratam os relacionamentos não por medo de se entregar, ou medo de se machucar de novo. Mas por não conseguir arrumar alguém.
São pessoas que estão tão desesperadas por um amor que acabam afastando possibilidades em vez de atraindo, e aí, por não conseguirem, em vez de repensarem suas vidas (grande parte poderia ser melhorada com auto-conhecimento) fazem o que toda criança birrenta faz: Manha.

E eu sou do tempo que sabiam diferenciar palmadas de maus-tratos infantis. E toda criança birrenta tinha o que merecia. E quando não tinha, a vida dá na cara no futuro.

Então, pra concluir, sugiro que você viva. E viver é beber, cair e levantar. Até aprender. É entregar o coração inteiro, até ter ele devolvido em pedaços. É remendá-lo e entregar de novo pra ser despedaçado novamente. Até que apareça alguém que te ajude a catar os caquinhos no chão.