sexta-feira, 24 de junho de 2011

quando eu digo, vale.



Fui surpreendida. É, a vida surpreende. 
Então me pergunto: Se a vida é tão aleatória assim, tão misteriosa, 
será que vale a pena mesmo nos mantermos fechados? 
A não darmos uma oportunidade ao novo? 
Mesmo que seja um novo, de novo?

O problema é que a gente quer conforto. 

Pra não sentirmos dor, fazemos escolhas que nos trarão mais dor.
A gente acha que a solidão escolheu a gente, mas fomos nós que nos insinuamos pra ela.
Geralmente é o medo de se machucar que faz com que a pessoa abrace a vida do hedonismo

Seja se machucar a primeira vez, ou seguidas vezes. É quando ela diz: "Cansei de me entregar e não ter retorno", ou "Não quero me envolver, vou me machucar".

Francamente, que coisa de gente preguiçosa e covarde! O corpo paga o preço de um coração enclausurado.

Sério, amor não se investe, se doa. Dinheiro se investe. Amor apenas ama. Mesmo que seja amar alguém mais frio que o ártico ou mais quente que o inferno. Amar é amar.
E pra quem não ama, resta o desdém.

Mas tenho que confessar. 

Ser solteira é bom. Ter seus momentos livres, não precisar se apegar a ninguém, não precisar dar satisfações... é uma delícia. 
Realmente, o casual a curto prazo é muito bom. Mas me pergunto: E a longo? Será que vale a pena? Será que se entregar a tantas pessoas e não ser de nenhuma delas acaba nos tornando propriedade pública? A ponto de não sermos mais de nós, mas do prazer que manda na gente?

Sei lá, o tempo dirá. E que não seja tarde demais quando ele responder.

Mas uma coisa é certa: Caminhar na primeira pessoa do plural cansa menos. Reflita.

Mas não posso esquecer de uma coisa: Daqueles que detratam os relacionamentos não por medo de se entregar, ou medo de se machucar de novo. Mas por não conseguir arrumar alguém.
São pessoas que estão tão desesperadas por um amor que acabam afastando possibilidades em vez de atraindo, e aí, por não conseguirem, em vez de repensarem suas vidas (grande parte poderia ser melhorada com auto-conhecimento) fazem o que toda criança birrenta faz: Manha.

E eu sou do tempo que sabiam diferenciar palmadas de maus-tratos infantis. E toda criança birrenta tinha o que merecia. E quando não tinha, a vida dá na cara no futuro.

Então, pra concluir, sugiro que você viva. E viver é beber, cair e levantar. Até aprender. É entregar o coração inteiro, até ter ele devolvido em pedaços. É remendá-lo e entregar de novo pra ser despedaçado novamente. Até que apareça alguém que te ajude a catar os caquinhos no chão.

Um comentário: