terça-feira, 29 de junho de 2010

'Cigana oblíqua e dissimulada.




Estávamos falando sobre Capitu e sua beleza, até que o Rodrigo,
no meio da conversa acrescentou...
- Você fala dela, mas seus olhos são de uma cigana exageradamente oblíqua e dissimulada. 

- Olhos de cigana, os meus?
- Isso mesmo. disse meu professor de filosofia e foi embora.
Fiquei dias pensando nisso,  acabei perguntando o porque,daquela afirmação, 
obtive minha resposta, coisas que escondia a sete chaves ele mesmo desvendou.
"você é a pessoa mais enigmática, misteriosa que conheço,
não pelo fato de não saber da sua vida totalmente, mas consigo enxergar pela simbologia dos seus
princípios, a valorização das pequenas coisas... minimalista, extremista, auto suficiente e ao mesmo
tempo uma tonelada de sentimentos, após conhecer sua história, tive a certeza de tudo o que seus
olhos tentavam me esconder, e com toda certeza do mundo, se não conhecesse um pouco mais do
ser humano, jamais poderia fazer essa afirmação."
Fiquei completamente chocada, minha vida jamais interessou a ninguém... sempre deixei isso claro,
realmente, não foi nada combinado com ninguém, foi percepção, transmissão de pensamento...
Seja o que for, ele me enchergou atrás da mascara e hoje meus segredos não são só meus.
Capitu com seus olhos de ressaca e eu com meus olhos de cigana...
Quem me dera ter a beleza da mesma, ter seus olhos como comparação, para mim é um honra.
     

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